O "
nós contra eles" é indissociável da política, que é feita, afinal, de grupos em luta pelo poder. E, quando um grupo consegue associar a si mesmo com "o povo" e pintar o adversário como "as elites", o discurso vira uma arma poderosa. Não foi invenção de
Marx, não. Desde a mais remota antiguidade o conflito entre grupos -especialmente pobres e ricos- sempre deu a tônica da política. Das campanhas pela reforma agrária dos irmãos Graco na Roma republicana à Revolução Francesa, essa polarização sempre esteve presente. Às vezes, ela aflora. A vantagem da democracia é dar vazão a essas polaridades sem necessidade de guerra civil.
Leia mais (07/07/2025 - 20h53)