Rueda cobra Lula e afirma que falas do presidente tiveram impacto em tarifas de Trump

O presidente da federação União Progressista, Antônio Rueda, afirmou nesta sexta-feira (25), durante a Expert XP 2025, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa assumir protagonismo na busca de uma solução para a crise tarifária com os Estados Unidos. Para Rueda, declarações internacionais feitas por Lula contribuíram para o agravamento do conflito com o presidente Donald Trump, que anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

“Esse tema me preocupa muito. Preocupa todo o União e me preocupa o Brasil”, afirmou Rueda, em referência à elevação das tarifas americanas. “A condução tem que ser com diálogo. Mas a primeira pessoa que deveria dialogar é o presidente da República. Ele deveria pegar o telefone, ligar para Trump e dizer: ‘eu quero dialogar’.”

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“Postura danosa ao país”

Rueda não poupou críticas à atuação internacional de Lula, afirmando que o presidente brasileiro “provocou” e “instigou” a situação atual. Segundo ele, posturas do petista em episódios internacionais, como o apoio à Rússia na guerra da Ucrânia e declarações simpáticas ao Hamas, desgastaram a imagem do Brasil no Ocidente.

“Enquanto o mundo ocidental defendia a Ucrânia, o presidente foi lá defender a Rússia. Ele foi lá bater palma para o Hamas. Isso tem um custo. Não dá para imaginar que vai passar batido”, disse o dirigente partidário. Rueda também citou o apoio de Lula à proposta de desdolarização do comércio global como fator que teria incomodado a Casa Branca.

“Trump não age isoladamente”

Rueda ponderou que a política comercial agressiva de Trump não se limita ao Brasil, citando medidas semelhantes contra parceiros antigos como Canadá e China. No entanto, avaliou que o Brasil foi atingido de forma mais dura. “O Brasil teve uma mão mais pesada. A gente conhece o Trump, ele já foi presidente. Ele é um personagem consolidado”, afirmou.

Para o presidente da União Progressista, é fundamental que o governo brasileiro deixe de tratar a crise com viés eleitoral e busque uma saída diplomática imediata. “Não podemos ficar pensando em dividendos políticos. Isso é ruim para o Brasil. Todos podem ajudar, mas esse papel é do presidente da República. Ele comanda o país e tem que ir dialogar”, concluiu.

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