Deputado é alvo na Justiça por falência de grupo com dívidas de R$ 300 milhões

O deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE) está no centro de uma série de disputas judiciais milionárias envolvendo principalmente a falência do Grupo Coral em meio a suspeitas de corrupção. A marca representa um conglomerado do setor de terceirização de serviços com dívidas na ordem de R$ 300 milhões. Credores acusam o parlamentar, que é empresário e ex-vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), de ser um dos responsáveis ocultos pela companhia. A Justiça de Goiás decretou a falência da empresa em 2015.
Um fundo de investimentos que adquiriu créditos da massa falida moveu várias ações judiciais. O objetivo desse modo é responsabilizar quem seriam os verdadeiros controladores do grupo. Em decisão recente, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) reconheceu parte dessas alegações e, assim, autorizou o avanço dos processos.
Credores denunciam fraude de empresa que seria de deputado
O Grupo Coral foi um dos maiores do segmento de serviços terceirizados, com atuação nas áreas de limpeza, vigilância e fornecimento de mão de obra. Um de seus principais braços era a empresa Umanizzare, que gerenciava presídios no Amazonas e no Tocantins. A empresa se envolveu em episódios de grande repercussão, como o massacre de 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, em 2017.
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Credores sustentam que a falência do Grupo Coral foi uma manobra para evitar o pagamento das dívidas. Dizem da mesma forma que a Umanizzare nasceu como sucessora operacional com a finalidade de seguir explorando o mesmo mercado, mas livre dos embaraços da antiga companhia. Segundo as ações judiciais, a nova empresa foi formalmente constituída por uma ex-funcionária do Coral.
As ações citam o empresário Lélio Carneiro como o verdadeiro dono da Umanizzare. Seus filhos aparecem em posições estratégicas: um como procurador com amplos poderes, outro como testemunha de contratos com governos estaduais. O nome de Luiz Gastão surge por meio de vínculos familiares. Seu filho seria sócio de uma empresa que constou no quadro de controladores da gestora de presídios.
A defesa do parlamentar nega que ele seja responsável pelas dívidas do Grupo Coral. No entanto, os credores insistem que há um esforço para ocultar a participação de membros da antiga cúpula na nova estrutura empresarial. As investigações prosseguem no âmbito da Justiça goiana.
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