EUA matam líder do Estado Islâmico durante operação na Síria

Uma operação conduzida pelas forças do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) resultou, na manhã desta sexta-feira, 25, na morte de um dos líderes seniores do grupo Estado Islâmico (Isis), Dhiya’ Zawba Muslih al-Hardani. A ação ocorreu em al-Bab, na província de Aleppo, na Síria.
Segundo o comunicado oficial do Centcom, al-Hardani foi morto durante uma incursão das forças norte-americanas. Dois filhos adultos do militante, identificados como Abdallah Dhiya al-Hardani e Abd al-Rahman Dhiya Zawba al-Hardani, também foram mortos na operação. Ambos tinham vínculos com o grupo jihadista.
De acordo com a nota, os três alvos representavam uma ameaça às forças dos EUA, às forças da Coalizão e ao novo governo sírio. “Três mulheres e três crianças estavam presentes no local do ataque, mas não sofreram ferimentos”, informa o texto.
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O comandante do Comando Central dos EUA, general Michael Erik Kurilla, reiterou o compromisso das forças norte-americanas em combater o terrorismo. “Continuaremos a perseguir implacavelmente os terroristas do Isis, onde quer que operem", afirmou. "Os terroristas do Isis não estão seguros onde dormem, onde operam e onde se escondem.”
Kurilla acrescentou: “Junto com nossos parceiros e aliados, o Comando Central dos EUA está comprometido com a derrota duradoura dos terroristas do Isis que ameaçam a região, nossos aliados e nossa pátria.”
A operação em al-Bab integra os esforços contínuos dos EUA para conter a atuação do Estado Islâmico em territórios sírios, mesmo com o enfraquecimento do grupo terrorista identificado nos últimos anos.
Estado Islâmico atua na Síria desde 2014
O Estado Islâmico é uma organização extremista de orientação jihadista sunita. O grupo ganhou notoriedade internacional a partir de 2014, quando proclamou a criação de um califado em territórios que havia conquistado no norte do Iraque e da Síria.
Seu objetivo é estabelecer um governo regido por uma interpretação rígida da sharia, a lei islâmica, em todas as regiões de maioria muçulmana. O grupo tem origem na insurgência iraquiana pós-2003, depois da invasão dos EUA que derrubou o regime de Saddam Hussein.
A formação do Isis se deu por dissidências da Al-Qaeda no Iraque, lideradas por Abu Musab al-Zarqawi, que mais tarde deram origem a uma estrutura independente. Com a eclosão da guerra civil na Síria, o grupo encontrou terreno fértil para se expandir, por causa do vácuo de poder e o enfraquecimento das instituições estatais.
Durante o auge de seu domínio territorial, o Estado Islâmico controlou cidades estratégicas como Mosul, no Iraque, e Raqqa, na Síria, onde estabeleceu sua capital de fato. Suas ações ficaram marcadas pela extrema violência, com execuções públicas, escravidão sexual, destruição de sítios arqueológicos e atentados terroristas dentro e fora do Oriente Médio.
A partir de 2017, o EI sofreu uma série de derrotas militares por forças locais e internacionais e perdeu a maior parte do território que havia ocupado. No entanto, apesar do colapso territorial, a organização continua ativa em diversas regiões, inclusive por meio de células adormecidas e facções afiliadas em outros continentes, como a África e a Ásia.
Atualmente, embora tenha perdido praticamente todo o território que controlava, o Estado Islâmico ainda é considerado uma ameaça significativa à segurança internacional. O grupo não atua mais como um Estado com fronteiras definidas, mas permanece ativo por meio de células clandestinas, redes descentralizadas e grupos afiliados em diversas partes do mundo.
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