Seca diminui no Brasil, atingindo a menor área desde dezembro de 2023

A seca no Brasil diminuiu consideravelmente, registrando a menor área afetada e a condição mais branda do fenômeno desde dezembro de 2023, segundo a mais recente atualização do Monitor de Secas.
Em junho deste ano, 14 estados brasileiros observaram uma redução na severidade da seca, e a área impactada pelo fenômeno diminuiu nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. Ainda assim, os dados mostram que, neste período, 44% do território nacional foi atingido.
O Monitor de Secas apontou que, entre maio e junho deste ano, Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe tiveram um abrandamento da seca.
Um destaque é o Mato Grosso, que, junto com o Amapá, ficou livre da seca em junho, algo que não acontecia desde 2021. No entanto, a situação se intensificou no Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins, e no Pará a seca voltou a ser observada após um período de ausência.
Cenário Regional e Nacional
A Região Norte apresentou a condição mais branda, enquanto o Nordeste continuou sendo a mais afetada, com 33% de sua extensão em seca grave.
Apesar disso, todas as cinco regiões geopolíticas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) registraram um abrandamento geral do fenômeno entre maio e junho.
A área com seca diminuiu em 12 estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Apenas o Maranhão registrou um aumento na área de seca.
A melhora das condições foi em grande parte impulsionada pelo volume de chuvas:
No Nordeste, as chuvas do último mês fizeram a seca grave (S2) recuar no nordeste da Bahia e centro de Pernambuco, e a seca grave deixou de ser registrada em Alagoas e Sergipe. Por outro lado, a piora nos indicadores devido a menor volume de chuvas em algumas áreas levou ao avanço da seca moderada (S1) no norte e sul do Maranhão e Piauí, e no noroeste do Rio Grande do Norte e da Bahia. O Ceará também registrou agravamento da seca no nordeste e oeste, passando de fraca (S0) para moderada (S1).
No Sudeste, chuvas acima da média resultaram na não ocorrência de seca moderada (S1) no Rio de Janeiro e em seu recuo no sudoeste e sudeste de Minas Gerais, e no oeste e centro de São Paulo.
Na Região Sul, chuvas bem acima da normalidade em junho foram cruciais para que a seca grave (S2) deixasse de ser registrada e para um recuo de até duas categorias de seca nos três estados. Isso deixou o sul do Paraná, oeste de Santa Catarina e quase todo o Rio Grande do Sul sem seca relativa.
Na Região Norte, as chuvas acima da média contribuíram para o recuo da seca moderada (S1) no norte do Amazonas e da seca fraca (S0) no oeste do Amazonas, norte de Rondônia e sul do Tocantins. Contudo, chuvas abaixo da normalidade resultaram no surgimento de seca fraca (S0) em parte do leste do Pará e no avanço da seca moderada (S1) no leste do Tocantins.
No Centro-Oeste, as chuvas acima da média nos últimos meses favoreceram o desaparecimento da seca em Mato Grosso. Houve também o recuo da seca moderada (S1) no centro e sul de Goiás, e da seca fraca (S0) no norte de Mato Grosso do Sul e no oeste e norte de Goiás. Mato Grosso do Sul, inclusive, deixou de registrar seca moderada (S1).
Destaques Estaduais
- Rio Grande do Sul teve uma melhora significativa, com a área de seca caindo de 100% para 7% do território, e a seca grave deixando de ser verificada;
- Sergipe registrou a menor área com seca no Nordeste (35%) e a melhor condição de severidade na região;
- O Distrito Federal e o Piauí foram os únicos estados com 100% de seu território em seca em junho, sendo que o DF manteve essa condição por 14 meses consecutivos;
- Mato Grosso do Sul apresentou a melhor condição de seca desde julho de 2020, com a seca moderada deixando de ser registrada.
O Monitor de Secas é uma iniciativa coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que atua como a “Instituição Central” do programa.
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