COP30 é oportunidade para “Vale do Silício da biotecnologia” na Amazônia, diz Helder

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), destacou nesta sexta-feira (25), durante a Expert XP, o potencial do Brasil, e especialmente da Amazônia, para liderar a nova economia verde global. Em sua fala, Barbalho afirmou que a realização da COP30, em novembro, em Belém, é uma oportunidade histórica para reposicionar o país no centro das discussões climáticas e propor soluções sustentáveis com impacto global.

“Queremos deixar como legado da COP o primeiro centro de bioeconomia da Amazônia, com uma lógica semelhante ao Vale do Silício. Que possamos construir o Vale da Biotecnologia da floresta, para nos posicionar com o ativo florestal como solução de sustentabilidade e economia verde”, afirmou o governador, ao apresentar planos para transformar a região em polo de inovação ambiental.

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Helder Barbalho ressaltou que, ao contrário da visão tradicional que trata a Amazônia apenas como área de preservação, a proposta é transformar suas riquezas naturais em ativos econômicos sustentáveis. “A floresta tem gente. São 30 milhões de brasileiros vivendo abaixo da copa das árvores. Precisamos de soluções baseadas na natureza que envolvam essas pessoas”, disse.

O governador defendeu a valorização da floresta em pé, por meio da bioeconomia, do mercado de carbono e de práticas produtivas sustentáveis. “Queremos mostrar que preservar a floresta pode ser bom negócio. Emitir créditos de carbono, rastrear produtos da agricultura e da pecuária, restaurar áreas degradadas, tudo isso pode gerar valor e retorno”, afirmou.

COP30

Com expectativa de receber entre 50 mil e 60 mil visitantes de 196 países, a COP30 será, segundo Barbalho, o maior evento diplomático da história já realizado na Amazônia. E o objetivo, ele reforça, vai além da agenda ambiental. “A COP impacta negócios, geopolítica e principalmente a vida de cada cidadão. O que for decidido em Belém afetará o futuro dos nossos filhos”, disse.

Barbalho concluiu sua participação com um convite ao setor privado e à sociedade: “O Brasil precisa se apropriar dessa oportunidade. Acontecerá em Belém, no Pará, na Amazônia, mas precisa ser a COP do Brasil. Que possamos ser a locomotiva desse novo tempo, e que a riqueza da floresta nos permita cuidar do planeta, e dos brasileiros que vivem nela.”

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