CVM descarta irregularidades da Suno no caso Hectare


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu que não houve manipulação de mercado por parte da Suno no episódio envolvendo o fundo imobiliário HCTR11, da gestora Hectare. Segundo a decisão, obtida pelo jornal O Globo e confirmada pelo InfoMoney, após dois anos de apuração, a área técnica do órgão descartou qualquer ato ilícito, benefício pessoal ou ação coordenada por parte da empresa e seus sócios.
“O encerramento da investigação reafirma aquilo que sempre soubemos: a inocência da Suno e de seus sócios no caso”, diz a casa em comunicado ao InfoMoney. “Reiteramos nosso compromisso com uma atuação ética, transparente e em estrita conformidade com as normas legais e regulamentares, sempre em defesa dos interesses dos investidores individuais”, afirma a nota.
Relembre o caso
A investigação teve origem em denúncia apresentada pela Hectare em 2022, que acusava influenciadores ligados à Suno de prejudicar deliberadamente o fundo por meio de críticas públicas. Segundo a CVM, os comentários ocorreram dentro de um debate legítimo de mercado e refletiam preocupações compartilhadas por diversos analistas e investidores.
Desde o início de 2022, os fundos do grupo RTSC, holding controladora da Hectare, acumulam perdas superiores a R$ 3,5 bilhões. Só o HCTR11 desvalorizou mais de 76%. O pior caso é o do TORD11, que viu evaporar 92% de valor desde então.
Antes da decisão da autarquia, o caso já havia sido alvo de análise no Judiciário. Em junho de 2024, a 1ª Câmara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o encerramento da ação movida pela Hectare contra a Suno. O processo, que envolvia uma ação de produção antecipada de provas, havia levado a buscas em escritórios da empresa em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. A Justiça paulista entendeu que não havia fundamento para dar continuidade à apuração.
Na ocasião, a Hectare informou que recorreria da decisão e que o litígio ainda persistia na esfera criminal e administrativa. No entanto, com o arquivamento do caso pela CVM, a Suno está formalmente isenta de qualquer acusação de manipulação no mercado de fundos imobiliários.
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