EUA agora reclamam de Justiça na Colômbia após criticar Judiciário do Brasil

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe depois que a Justiça colombiana declarou nesta 2ª feira (28.jul.2025) o ex-líder culpado por suborno de testemunhas. O julgamento ainda segue para definição da pena.

“O único crime do ex-presidente colombiano Uribe foi lutar e defender incansavelmente sua pátria. A instrumentalização do Judiciário colombiano por juízes radicais abriu um precedente preocupante”, escreveu Rubio em seu perfil no X. As críticas de Rubio ao Judiciário colombiano e ao brasileiro (leia mais abaixo) sugerem que os EUA vão pressionar países em que os norte-americanos consideram inexistir sistemas judiciais sólidos.

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Uribe disse ser inocente e que as acusações são uma “vingança da esquerda” e de antigos aliados que viraram seus inimigos. Afirmou estar sendo alvo de uma perseguição política.

Essa não é a 1ª vez que Rubio critica o Judiciário de um país da América do Sul. O STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Alexandre de Moraes também já foram alvos de comentários negativos do norte-americano.

Rubio afirmou em 21 de maio que o governo de Donald Trump (republicano) analisava aplicar sanções contra Moraes por violação dos direitos humanos e que havia uma “grande possibilidade” de que isso acontecesse.

Em 18 de julho, Rubio declarou ter ordenado a revogação imediata do visto de Moraes e de seus “aliados” no STF e familiares –não está claro até agora quem foi atingido.

Segundo o norte-americano, a medida foi tomada depois de Trump deixar claro que seu governo irá responsabilizar estrangeiros envolvidos em atos de censura a liberdades protegidas por lei norte-americana.

O secretário de Estado afirmou que Moraes promove uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que o STF tem criado um “complexo de perseguição e censura” que extrapola as fronteiras do Brasil.

A decisão de Rubio de cancelar os vistos dos ministros do STF se deu no mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal). O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar de embaixadas e de usar redes sociais por ordem de Moraes.