Por que Israel bombardeia a Síria para proteger os drusos? Quem são eles?

A cidade de Suwayda, no sul da Síria, tem sido palco de intensos confrontos entre milícias drusas e forças leais ao governo sírio, resultando em dezenas de mortos e feridos.

A escalada da violência levou o Exército sírio a intervir, o que provocou uma série de ataques aéreos israelenses contra posições governamentais, com Israel justificando a ação como uma medida para proteger a comunidade drusa local, que mantém laços históricos e culturais com os drusos israelenses.

Os drusos são uma minoria religiosa de origem islâmica, com cerca de um milhão de adeptos distribuídos principalmente entre Síria, Líbano e Israel.

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Na Síria, concentram-se especialmente na província de Suwayda, enquanto no território do Golã, ocupado por Israel desde 1967, vivem cerca de 20 mil drusos que se identificam como sírios e rejeitaram a cidadania israelense.

A comunidade drusa mantém uma posição cautelosa diante do governo sírio atual, liderado por Ahmed al-Sharaa, devido a conflitos sobre desarmamento e representação política.

O governo sírio acusa Israel de violar sua soberania com os bombardeios, que teriam causado vítimas civis e militares, enquanto Israel reafirma seu compromisso de impedir que forças hostis ameacem os drusos na região.

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A situação é acompanhada pelos Estados Unidos, que têm pressionado Israel a cessar os ataques, embora Israel tenha avisado que intensificará as operações caso as tropas sírias não se retirem de Suwayda.

A tensão entre os drusos e o governo sírio está ligada a disputas sobre o controle das milícias locais e a integração dessas forças ao Exército nacional, um processo que tem gerado resistência e episódios de violência.

Além disso, o histórico de conflitos sectários na Síria, agravado pela guerra civil que durou uma década, contribui para a instabilidade na região e para o temor de ataques contra minorias religiosas.

Apesar das hostilidades, há sinais de negociações indiretas entre Israel e o novo governo sírio, incentivadas pelos Estados Unidos, que buscam uma normalização das relações na região.

No entanto, os ataques militares israelenses e a complexidade das alianças locais dificultam a concretização de um acordo duradouro, mantendo a situação delicada e sujeita a novos episódios de violência.

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