O presidente Donald Trump afirmou que a recusa do Hamas em aceitar um acordo de cessar-fogo significa que agora é hora de “terminar o trabalho” e “eliminar” o grupo militante palestino.
“Eu acho que eles querem morrer, e isso é muito, muito ruim”, disse Trump no Jardim Sul da Casa Branca antes de partir para a Escócia. “E chegou a um ponto em que será preciso terminar o trabalho.”
O comentário de Trump sugeriu que ele faria pouco para pressionar Israel a recuar em sua campanha militar em Gaza, apesar das graves condições humanitárias na região.
Em vez disso, Trump sinalizou que pode ser hora de intensificar os combates, já que um acordo se mostra difícil de alcançar.
“Eles vão ter que lutar e vão ter que resolver isso. Você vai ter que se livrar deles”, disse Trump.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de
Gaza informou que pelo menos 58 mil palestinos foram mortos e mais de 138 mil ficaram feridos. Isso inclui mais de 7.200 mortos desde
o fim do cessar-fogo em 18 de março deste ano.
O Ministério não distingue entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.
O Escritório Central de Estatísticas da Palestina disse em 10 de julho que a população de Gaza havia caído de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. Estima-se que cerca de 100 mil palestinos tenham deixado Gaza desde o início da guerra.
Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, segundo fontes oficiais israelenses, quase 1.650 israelenses e estrangeiros foram mortos em decorrência do conflito.
Isso inclui 1.200 mortos em 7 de outubro e 446 soldados mortos em Gaza ou ao longo da fronteira com Israel desde o início da operação terrestre em outubro de 2023. Destes, 37 soldados foram mortos e 197 feridos desde o recrudescimento das hostilidades em março. Estima-se que 50 israelenses e estrangeiros permaneçam reféns em Gaza, incluindo 28 reféns que foram declarados mortos e cujos corpos estão sendo retidos.
Desde 18 de março deste ano, as Forças Armadas israelenses emitiram
54 ordens de deslocamento, abrangendo cerca de 81% da Faixa de
Gaza.
O PMA (Programa Mundial de Alimentos) da ONU afirmou que isso significou que mais de 700 mil pessoas foram forçadas a se deslocar durante esse período.
Em 9 de julho, 86% da Faixa de Gaza estava dentro de zonas militarizadas israelenses ou sob ordens de deslocamento. Muitas pessoas buscaram refúgio em locais de deslocamento superlotados, abrigos improvisados, prédios e ruas danificados.