Bilhete a Epstein: Trump diz que nunca desenhou, mas já teve obras em leilão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), negou que tenha contribuído para um álbum de aniversário de Jeffrey Epstein, em 2003, com um desenho de uma mulher nua. A informação foi publicada pelo Wall Street Journal. Segundo reportagem de 17 de julho, o material incluiria ainda uma mensagem que dizia “Feliz Aniversário —e que cada dia seja outro segredo maravilhoso”.
O republicano afirmou que a história era falsa e respondeu ao jornal: “Eu nunca fiz um desenho na minha vida. Eu não faço desenhos de mulheres”. No entanto, no início dos anos 2000, Trump chegou a doar desenhos seus para instituições de caridade em Nova York. Ao menos 4 foram leiloados durante o seu 1º mandato, de acordo com o New York Times.
Segundo o NYTimes, feitos com uma caneta preta grossa e com a assinatura de Trump em destaque, os desenhos de grandes edifícios são semelhantes ao bilhete de aniversário que ele enviou a Epstein. Um deles, leiloado pela Sotheby’s, foi originalmente doado pelo norte-americano em 2003. O desenho retrata o projeto de desenvolvimento Riverside South, em Manhattan.
Em seu livro de 2008, “Trump Never Give Up: How I Turned My Biggest Challenges Into Success”, Trump escreveu: “Levo alguns minutos para desenhar algo, no meu caso, geralmente é um prédio ou uma paisagem urbana de arranha-céus, e então assino meu nome, mas isso arrecada milhares de dólares para ajudar os famintos em Nova York por meio do Capuchin Food Pantries Ministry”.
TRUMP TEM “MÃO BOA PARA DESENHO”
O secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., declarou em entrevista à Jovem Pan News, divulgada na 6ª feira (25.jul.2025), que Trump “tem uma mão muito boa para desenhar”.
“Eu estive com ele em um avião e ele estava falando sobre o Oriente Médio. Ele pediu um pedaço de papel e então desenhou um mapa perfeito do Oriente Médio”, disse.
ENTENDA O CASO
De acordo com o WSJ, Trump está entre cerca de 50 pessoas que contribuíram com cartas para o álbum de aniversário de Epstein, organizado por Ghislaine Maxwell para comemorar os 50 anos dele em 2003. Ainda participaram o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o bilionário de Wall Street Leon Black, a estilista Vera Wang e o empresário de mídia Mort Zuckerman.
O governo Trump vem enfrentando pressão por mais transparência sobre o caso envolvendo o bilionário Jeffrey Epstein, morto em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual infantil. Na 6ª feira (25.jul), o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson (Partido Republicano), declarou que o caso “não é uma farsa”.
Johnson afirmou que busca completa transparência nas investigações. “Queremos que todos os envolvidos de alguma forma com os males de Epstein —chamemos pelo que foram— sejam levados à justiça o mais rápido possível. Queremos que todo o peso da lei recaia sobre eles.”
Com o aumento da pressão política, o presidente da Câmara decidiu antecipar o recesso de verão, encerrando as atividades já na 4ª feira (24.jul). A medida impediu, na prática, a votação no plenário sobre a liberação dos documentos do caso.
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